

E muito complicado aprender a vida toda uma coisa e depois fazer outra mesmo sabendo que isto nao fara bem!!
A gente muda, como diz minha amiga Cadija que tambem esta morando fora, tendo uma experiencia parecida com a minha porem em NYC!
Eu que sempre chorei na frente das pessoas com a maior facilidade da vida ja nao tenho mais lagrimas, nesta semana e hoje ja não vi graça em chorar sozinha ou em companhia.
Era como se as lágrimas não conseguissem mais purgar a dor.
Uma tristeza, uma vontade de GRITAR para o mundo!! E fazer voce ai do outro lado me escutar!! Me entender e nao vir cheio de desculpas e inverter o jogo! Se existe jogo...
Ja sentia uma dor no coracao, no corpo e a lagrima se quer vinha!!!
Sentia de tudo: dor no ouvido, na barrigam, nos pes... Ate de cabeca! As mãos continuavam tremendo, a alma inquieta e o coração, sempre, desembestado, ansioso demais, sedento, infantil.
E eu empalidecia ao ver, bem aqui, diante de mim, o retrato do meu medo, a verdade que escondo de mim mesma, QUASE MALANDRA, o sofrimento que eu não deixei atracar no meu cais. Eu, forte demais.
Veja a minha poesia, a minha devocao toda, por favor.
A tecnologia não desconecta mais as coisas?!
Eu quero me desconectar!!!
EU QUERO ME DESCONECTAR DA MINHA SAUDADE, do meu samba, DO MEU PAIS e de voce que anda me fazendo sonhar, decepcionar e sofrer! Os cantos das sereias sao perigosos... Encantar e desencanatar...
A centenas de quilômetros de distancia, é covardia do acaso me fazer enfrentar um mundo inteiro de "nunca mais." É covardia do acaso jogar assim na minha cara o amor que nunca foi meu e que un dia achei que fosse meu e que eu pensei ter enterrado. Ele apenas dormia, distante de mim. E, é verdade, meu bem domina o universo das conexões e faz seu mundo chegar ao meu, carioca esperto, saudoso, alegre. A mesma alegria que tanto me podou, me diminuiu, me recolheu. Agora eu aqui, mais uma vez, amedrontada, trêmula, insegura como havia jurado não me permitir mais. É covardia do acaso me fazer falhar mais uma vez. É covardia do acaso invadir uma luta por findar pra berrar na minha cara que a estratégia é inútil, que é derrota sabida.
Eu amadureci. Mas amadureci pra ser amada. Pra viver de novo tudo que já passamos e poder corrigir as cagadas todas, entende? Mas o que passou não volta, e o meu aprendizado nunca vai mudar nada.
(desespero de ter perdido aquele amor novo que fostes um dia)
Tudo o que está por vir, ainda não veio. Não amadureci o suficiente, tão longe disso, pra encarar as velhas promessas, pra enfrentar a minha dor enferrujada, tirá-la do fundo do armário.
A gente não tem que aprender a lidar com tudo e se eu coloquei essa merda dessa frustração pra dentro da gaveta é porque não queria mais vê-la!!!!
Como assim? Pra onde foi a minha plenitude?? Porra, jogava conversa fora com ela há míseros minutos!! Não se esconde de mim, não... O acaso me paga.
A sincronicidade da vida, que responsabilizavas por tudo que é belo e inesperado, há de me pagar.
O pranto tão cantado da dor do amor molha o meu colo enquanto discorro por essas palavras. São minhas, me fincam, me são parte. Agora meu texto existe, está aqui diante de mim.
É um alívio enorme ter companhia.
texto: Cadija Tissiane com modificacoes minhas!