


Zapatero e Rajoy disputam pela 2ª vez a Presidência do Governo espanhol e a decisao sera neste domingo!!
Voces acreditam que na segunda-feira passada cheguei na minha aula de joias do Adyutamento e as urnas ja estavam la com os papeis para votacao. Increible!! No Brasil nao poderiam ficar dando sopa... E pior, o sistema ainda e arcaico!!! Tudo manualmente...
Confiram as fotos!!
Materia sobre as eleicoes:
María Luisa González Madri, 8 mar (EFE).- Os espanhóis vão às urnas neste domingo para renovar o Parlamento e decidir quem governará o país pelos próximos quatro anos.
Os principais candidatos ao Executivo, o líder socialista e presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, e o aspirante da oposição conservadora, Mariano Rajoy, estão em pé de igualdade.
A última pesquisa divulgada pelo Centro de Pesquisas Sociológicas da Espanha (CIS) dava vantagem de apenas 1,5 ponto percentual ao Partido Socialista (PSOE) sobre o Partido Popular (PP) de Rajoy. A diferença varia pouco com relação a outras enquetes propagadas recentemente em meios de comunicação locais.
A pesquisa do CIS garantia que a vitória socialista nas urnas seria traduzida em uma diferença de uma a dez cadeiras no Congresso dos Deputados, a Câmara Baixa do Parlamento espanhol, composta por 350 membros.
Em termos globais, o PSOE obteria 40,2% dos sufrágios (158 a 163 cadeiras), contra 38,7% do PP (153 a 157).
Os socialistas ganharam o último pleito com 42,59% dos votos, obtendo 4,8 pontos percentuais de vantagem sobre o PP. O PSOE acabou ficando com 164 cadeiras, 16 a mais que as obtidas pela legenda conservadora.
A última eleição foi realizada em circunstâncias de grande comoção nacional, três dias depois dos atentados terroristas de 11 de março de 2004. Os ataques perpetrados por militantes islâmicos contra quatro trens urbanos em Madri deixaram 190 mortos e quase dois mil feridos.
Em um primeiro momento, o Governo, até então liderado por José María Aznar (PP), atribuiu os ataques ao grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade).
Analistas consideram que essa ação terrorista fez com que a população se mobilizasse e comparecesse em massa às urnas. Uma grande parcela talvez não votasse em circunstâncias normais, e essa presença adicional pode ter alterado o resultado das eleições.
As eleições deste domingo serão realizadas em meio a um clima muito diferente, embora não isento de tensões.
O enfraquecimento da economia, com dados negativos sobre aumento do desemprego, da inflação e uma leve desaceleração na produção, começa a preocupar os espanhóis, assim como o tema da imigração ilegal e a retomada de ações violentas por parte da ETA, que rompeu em junho do ano passado o cessar-fogo declarado em 2006.
Mas a tensão que acompanha a atual campanha eleitoral tem raízes, sobretudo, na pequena diferença nas pesquisas entre os dois candidatos à chefia de Governo, que têm lutado contra o tempo para angariar a simpatia de cidadãos indecisos.
Os socialistas focam suas mensagens na necessidade de os eleitores comparecerem às urnas, em uma tentativa de combater o fantasma da abstenção, que, segundo analistas, pode prejudicar em larga escala o partido governista.
Calcula-se que até dois milhões de pessoas ainda não decidiram em quem votar ou estão desmotivadas, grande parte delas potenciais eleitores socialistas. "Vote com todas as suas forças" tornou-se lema na campanha do PSOE.
O eleitorado do PP é considerado mais fiel e mobilizado, reflexo também de uma das palavras de ordem da legenda: "As idéias claras".
Para Rajoy, está em jogo muito mais que a Presidência do Governo espanhol.
O futuro do dirigente à frente do PP também pode ser colocado em xeque caso venha a ser novamente derrotado nas urnas, e principalmente se os socialistas alcançarem o objetivo proposto de obter "uma maioria suficiente" para governar sem ter de negociar acordos em sua nova legislatura com forças de cunho nacionalista.
Os partidos nacionalistas, sobretudo bascos e catalães, junto com a coalizão Esquerda Unida (IU, em espanhol), terceira maior força política da Espanha, podem desempenhar papel de aliados necessários caso PSOE ou PP ganhem as eleições sem maioria suficiente - a maioria absoluta deve ser obtida pela conquista de ao menos 176 cadeiras.
Os outros partidos, incluindo o recém-criado União, Progresso e Democracia (UPD), liderado pela dirigente veterana Rosa Díez, que deixou o PSOE por divergências sobre a política da legenda com relação à ETA e aos nacionalistas, devem tirar poucos votos dos dois majoritários.
Como novidade, as eleições deste domingo não contarão com participação de radicais bascos de esquerda, separatistas. Após a ilegalização em 2003 do Batasuna, braço político da ETA, a legenda já não disputou o pleito de 2004, embora partidos com ideologias próximas o tenham feito.
No início deste ano, a Justiça espanhola decretou a suspensão das atividades do Partido Comunista das Terras Bascas e do movimento Ação Nacionalista Basca para impedir que pudessem concorrer nas eleições de março.
Os magistrados espanhóis alegaram na ocasião que as duas legendas estavam ligadas à ETA e ao Batasuna.
08/03/2008 - UOL